
“Digo-vos a verdade: é melhor para vós que Eu vá, pois, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, Eu vo-lo enviarei” (Jo 16:7)
Testemunho de Conversão na Gospa Mira em Belo Horizonte, Brasil
Efusões
1) A minha primeira Efusão do Espírito Santo aconteceu em Medjugorje no Festival dos Jovens, aquando da minha conversão no dia 5 de Agosto de 2001, na missa da Transfiguração de Jesus celebrada às 5 h da madrugada no monte Krisevack. Desde já esclareço que na altura, antes de ir a Medjugorje, andava longe da Igreja e por isso nunca tinha ouvido falar de Efusão do Espírito Santo. Fui a Medjugorje para acompanhar a minha mulher e filhas numa peregrinação mas o meu interesse, quando parti de Lisboa, era fazer turismo, ver a paisagem, as praias e a agricultura local. Contudo, quando coloquei os pés naquela terra, por graça de Deus, fiz de boa vontade o programa da peregrinação.
Eu não era para ir àquela Missa da Transfiguração, a qual marcava o final do Festival dos Jovens. Quando a minha mulher me convidou a assistir a essa Missa no monte Krisevack eu respondi-lhe que não, que ficava na cama a dormir. Ela decidiu ir com alguns peregrinos e antes disse-me: “Tu então ficas a dormir para amanhã te ires confessar. Eu estou muito cansada mas vou subir o Krisevak e rezar por ti”. Ela queria que eu me confessasse porque ainda não o tinha feito antes, e pensava que isso seria uma grande graça para mim e um verdadeiro sinal da minha conversão. Entretanto ela tinha deixado muita gente a rezar por mim em Portugal para que eu me convertesse.
Eu fui-me deitar mas acordei cerca das 4 horas. Levantei-me, olhei pela janela, estava uma lua cheia maravilhosa que parecia que se ria para mim e senti uma grande vontade em ir assistir à Missa no Krisevak. Vesti-me apressadamente, bebi um sumo e fui subir o Krisevack. Desde a Pensão Maya até ao cimo do monte levei 35 minutos e hoje reconheço que tal é humanamente impossível, pois já fiz aquele percurso depois mais vezes. Só posso dizer que naquela subida parecia que as pessoas se afastavam de mim e que eu, mesmo sem lanterna, percorria aquele caminho velozmente e como se fosse de dia. Quando cheguei ao cimo do Krisevack ainda avistei ao longe a minha mulher com os companheiros que tinham partido 2 horas antes de mim. Assisti à Santa Missa, comunguei (porque não tinha consciência que não o deveria fazer) e olhando à volta para toda aquela multidão só me vinha à mente o filme que eu vira em criança, na altura da Páscoa, sobre Moisés com o povo judeu no cimo de um monte aquando da sua saída do Egipto.
Depois da Missa eu estava eufórico e só cantava (eu até aí nunca cantava, nem tão pouco sabia cantar) e tão depressa como tinha subido o monte assim o desci a correr, e não pelos caminhos normais, mas pelas veredas que existem no meio do matagal. Eu parecia uma cabra montanhesa e hoje, quando me lembro do que fiz só penso: “Os anjos estavam concerteza a segurar-me para eu não cair enquando corria, e quase que voava naquela descida”. Cheguei à Pensão Maya e entrei no quarto a cantar, com uma voz que não reconhecia como a minha: “Cantai, cantai, senhores, nasceu Jesus, o Filho da Virgem Maria”. As minhas filhas acordaram com aquela minha entrada intempestiva e só me mandavam calar, mas quanto mais o faziam mais eu cantava. A mais nova, zangada, dizia-me: “O cântico não é assim” (ela estava a pensar no cântico de Natal). Mas eu respondia-lhe: “É sim, cantem comigo: cantai, cantai, senhores, nasceu Jesus, o Filho da Virgem Maria”. Como elas me diziam para me calar e havia mais gente a descansar nos quartos vizinhos porque ainda era muito cedo, então tomei um duche a cantar e fui todo feliz para a rua, a dançar e a cantar outros cânticos que tinha ouvido no Festival. Ao fim de mais de uma hora chegou a minha mulher com os colegas e ficou admirada de me ver na rua tão feliz e a cantar. Então contei-lhe que eu também tinha estado lá em cima no Krisevack e que a tinha avistado no meio da multidão. Ela então respondeu-me: “Eu vou dormir porque hoje não me deitei, estou muito cansada e tu vais-te confessar”.
Entretanto o Senhor Padre João de Brito ia sair da Pensão porque queria ir cedo para saber onde iria celebrar a Missa naquele dia da Transfiguração. Então a minha mulher disse-lhe: “Senhor Padre pedia-lhe o favor que fosse para o confessionário pois está aqui o João que precisa de confessar-se e já lá vai ter”. Eu calei-me atrapalhado e, como que apanhado, disse à minha mulher: “Para eu ir confessar-me tens que me dizer os meus pecados” (era o que eu fazia para não a contrariar quando comecei a namorar com ela; e as minhas confissões demoravam “20 segundos” porque eu não tinha consciência dos meus pecados). Ela respondeu: “Vai, que o Senhor Padre tem mais que fazer”, e pediu às minhas filhas para me levarem e depois irem à Missa. E eu lá fui com elas. Entrei no confessionário e a minha confissão demorou nesse dia duas horas; o Senhor Padre teve de a interromper porque tinha que ir celebrar a Santa Missa. Foi mais que uma confissão, foi um contar da minha vida passada e sem eu ter dado pelo tempo passar.
Quando regressámos as minhas filhas foram dizer à mãe: “Mãe, foi uma vergonha, o pai entrou no confessionário e esteve lá duas horas; as espanholas vinham para se confessar e ele não saía de lá; foi uma vergonha”. Mas nada me afectava ou perturbava pois eu só cantava, eu estava nas nuvens. Hoje reconheço que naquela Missa da Transfiguração no monte Krisevack tive uma Efusão do Espírito Santo que perdurou ao longo de todo aquele maravilhoso dia. Participei novamente na Missa da Transfiguração (do Padre João) e desde então as Missas para mim deixaram de ser aborrecidas (como o eram no passado quando tinha que acompanhar, por frete, a minha mulher) e só fico triste quando são celebradas apressadamente, ou como por rotina, e sem cânticos.
Regressámos a Portugal mas depois de Medjugorje e daquela Efusão eu fiquei muito diferente, sentia uma grande necessidade de rezar e de estar com Deus em adoração, comecei a ir à Santa Missa também durante a semana e a jejuar. Deixei de ver televisão da qual era um viciado pois passava todos os dias mais de 6 horas em frente ao ecrã. Passei a frequentar semanalmente o grupo de oração carismático de St. Mary’s em S. Pedro do Estoril e por vezes ia também a outros grupos de oração porque a minha sede de Deus era muito grande. No início lembro-me que cada vez que ia ao grupo de St. Mary’s chorava, chorava de arrependimento de ter estado tanto tempo longe de Deus, e Deus ia-me curando interiormente. Em finais de Novembro, fui pela primeira vez na minha vida a um retiro: realizou-se em Fátima com o Padre Jean Simonart, era para formação de evangelizadores, discípulos de Jesus, e gostei imenso.
2) A minha segunda Efusão e Repouso no Espírito aconteceu no dia 25 de Abril de 2002 no retiro “Escola de Carismas” realizado na Escola Salesiana do Estoril. Foi pregado pelo Damian Stayne fundador da Comunidade Carismática “Cor et Lumen Christi”. Logo no primeiro dia, depois de uma grande oração de louvor e em línguas, o Damian disse-nos para nos levantarmos, fecharmos os olhos e pedirmos o Espírito Santo. Obediente eu assim procedi e quando o Damian Stayne, que percorria o pavilhão rezando sobre algumas pessoas que o Senhor lhe indicava, me impôs as mãos sobre a minha cabeça, caí na cadeira. Vi-me subitamente envolvido num clarão de Luz branca cristalina muito intensa vinda do Céu. Embora consciente, sentia-me atordoado e não conseguia abrir os olhos. Vi então, de olhos fechados, um feixe contínuo de Luz branca cristalina semelhante a um relâmpago contínuo que não se extinguia e associado a uma poderosíssima corrente eléctrica. Era um Fogo devorador que não se consumia. Todo o meu corpo foi tomado por esse feixe contínuo e inextinguível de Luz branca cristalina e pela fortíssima corrente eléctrica sem que eu nada pudesse fazer. A minha barriga foi agitada e a minha cabeça também. Foi o Fogo do Espírito Santo que desceu, apoderou-se de mim e “queimou-me” provocando-me uma cura interior muito grande. O Fogo Divino do Espírito Santo foi visível aos meus olhos e era, como disse, um feixe contínuo de Luz branca cristalina e inextinguível.
Enquanto o Damian me impunha as mãos, e o Fogo me “queimava”, ele revelava-me também acontecimentos íntimos familiares e de perseguições de colegas desde a minha infância, que nem ele nem ninguém que estava naquele retiro conhecia; e pedia-me para eu perdoar a todos aqueles que me tinham magoado porque só assim Deus me podia curar. No final daquela acção do Espírito Santo, fiquei de rastos e durante mais dois dias continuei a sentir ser “queimado” por Aquele Fogo na zona do meu coração (mas não nele), que parecia que estava a arder, principalmente à noite. Eu não conseguia dormir tal era o Fogo e só rezava, pedia perdão a Deus e ia perdoando todos aqueles que me tinham magoado (colegas e familiares).
Como nesse primeiro dia quando o Damian me impôs as mãos eu não consegui perdoar tudo, o que só o fiz à noite quando estava na cama em que me vinham à mente todas essas situações passadas, no dia seguinte tive uma nova acção física do Espírito Santo mas muito mais ligeira, apenas como uma corrente eléctrica a percorrer-me todo o corpo.
3) O meu terceiro testemunho refere-se a uma Efusão e Repouso no Espírito que aconteceu em finais de 2002 num retiro “pós-laboral” de 4 dias na Igreja de St. Mary’s sobre “As Alianças de Deus com os Homens – os teus direitos na Aliança”, pregado pelo Derek Williams do “Flame Ministries International”. No último dia fui para a fila da Efusão para ser rezado e quando ele me impôs as mãos eu caí no chão. No repouso senti uma torrente de Amor vir sobre mim e não há palavras para a descrever. Senti intensamente o Amor de Deus e como se estivesse a sós com Ele. O meu interior e mente ficaram totalmente ligados a Jesus. Eu chorava, não por temor mas de contrição por ter ofendido a Jesus e sentia que Ele estava a derramar o seu bálsamo de Amor sobre mim. É algo que não há palavras humanas para explicar. Eu chorava mas era um chorar simultâneo de contrição e de amor. Derramava lágrimas de contrição e de amor, e eu no chão, com todo o meu ser, dizia: “Jesus eu Amo-te, Jesus eu Adoro-te, Jesus, Jesus…, Jesus és o meu Tudo, Jesus, Jesus…”. Eu só era Jesus, Jesus, Jesus…. Diria que fiquei totalmente embriagado pelo Amor de Jesus. Depois levantei-me do chão com a certeza deste Amor incomensurável e incondicional de Jesus por mim. E nessa noite acordei a cantar a Jesus e a louvá-l’O tal como o tinha feito durante o repouso. Se não fizermos esta experiência pessoal do Jesus Vivo e do Seu Amor não poderemos nunca conhecer o Amor de Jesus por nós.
Curas
1) A minha primeira cura que vou descrever foi uma cura interior profunda. Ela aconteceu no dia 25 de Abril de 2002 no retiro “Escola de Carismas” realizado na Escola Salesiana do Estoril e que foi pregado pelo Damian Stayne fundador da Comunidade Carismática “Cor et Lumen Christi”. Logo no primeiro dia, depois de uma grande oração de louvor e em línguas, o Damian disse-nos para nos levantarmos, fecharmos os olhos e pedirmos o Espírito Santo para uma grande Efusão. Obediente eu assim procedi e quando o Damian Stayne, que percorria o pavilhão rezando sobre algumas pessoas que o Senhor lhe indicava, me impôs as mãos sobre a minha cabeça, caí na cadeira. Embora consciente, sentia-me atordoado e não conseguia abrir os olhos. Vi então, de olhos fechados, um feixe contínuo de Luz branca cristalina igual à de um relâmpago contínuo que não se extinguia e associado a uma poderosíssima corrente eléctrica. Todo o meu corpo foi tomado por esse feixe contínuo e inextinguível de Luz branca cristalina e pela fortíssima corrente eléctrica sem que eu nada pudesse fazer. A minha barriga foi agitada e a minha cabeça também. Foi o Fogo do Espírito Santo que desceu, apoderou-se de mim e “queimou-me” provocando-me uma cura interior muito grande. O Fogo Divino do Espírito Santo foi visível aos meus olhos e era, como disse, um feixe contínuo de Luz branca cristalina e inextinguível.
Enquanto o Damian me impunha as mãos, e o Fogo que não se consumia me “queimava”, ele revelava-me também acontecimentos íntimos familiares e de perseguições de colegas desde a minha infância, que nem ele nem ninguém que estava naquele retiro conhecia; e pedia-me para eu perdoar a todos aqueles que me tinham magoado porque só assim Deus me podia curar. No final daquela acção do Espírito Santo, fiquei de rastos e durante dois dias continuei a sentir-me ser “queimado” por aquele Fogo na zona do meu coração (mas não nele), que parecia que estava a arder, principalmente à noite. Eu não conseguia dormir tal era o Fogo e só rezava, pedia perdão a Deus e ia perdoando a todos aqueles que me tinham magoado (colegas e familiares). Como nesse primeiro dia quando o Damian me impôs as mãos eu não consegui perdoar tudo, o que só o fiz à noite quando estava na cama em que me vinham à mente todas essas situações passadas, no dia seguinte tive uma nova acção física do Espírito Santo mas muito mais ligeira, apenas como uma corrente eléctrica a percorrer-me todo o corpo.
2) A segunda cura que vou descrever foi uma cura física de insónia crónica. Desde os meus 18 anos que sofria de insónia crónica. Desde então percorri todos os melhores especialistas de sono portugueses, mas todas as medicações à base de anti-depressivos, ansiolíticos e mesmo hipnóticos que me foram prescritas não conseguiram funcionar comigo. Ou melhor, algumas medicações funcionavam 1 a 2 dias e depois havia um rápido efeito de habituação que deixava os médicos atónitos; e mesmo tomando os medicamentos, eu passava várias noites em estado de vígilia sem pregar olho ou dormia 2-3 horas.
Além disso alguns médicos prescreveram-me também sessões de massagem de relaxamento indutoras do sono nas suas clínicas que também não tiveram os resultados esperados. Foi-me também sugerido praticar desportos exigentes como o remo ou o rugby, mas também não funcionou comigo. Depois do jantar evitava também trabalhar no computador porque sabia que essa e outras práticas (como a televisão) iam afectar o meu sono.
Nessa altura tinha de usar tampões nos ouvidos e se tomasse a medicação e não conseguisse começar a dormir ao fim de 20-25 minutos depois de ir para a cama já sabia que era noite certa de insónia, ou seja, não pregava olho e ficava num estado de vigília muito grande detectando e ouvindo tudo o que se passava à minha volta embora passasse a noite de olhos fechados. Quando a fase das insónias começava elas podiam durar vários dias.
Como é evidente, após vários dias sem dormir sentia-me deprimido e começava a desenvolver uma grande angústia. Quando entrava nesse ciclo de insónia automedicava-me fazendo um cocktail de medicamentos ansiolíticos e hipnóticos e lá conseguia uma noite em que dormia 3-4 horas seguidas e depois lá retomava o ciclo das minhas poucas horas de sono. Quando a angústia começava a ser grande, é evidente que quem pagava o meu não dormir eram aqueles que me rodeavam em casa e no trabalho e muitos, antes de falar comigo de manhã, primeiro observavam-me para verem com que tipo de humor eu estava para se certificarem se podiam falar comigo ou não. Havia dias em que eu reconheço que ficava nervoso e intratável devido às minhas más respostas.
Eu não tinha gosto em estar na cama mas tinha que repousar pois, se não o fizesse, não conseguia suportar o meu dia-a-dia. Mas dormindo aquelas horitas e repousando na cama cerca de 8 horas eu conseguia enfrentar o meu dia de trabalho. Fiz o meu Doutoramento e Agregação à Universida de nestas circunstâncias sustentado, sem eu saber, pela Graça de Deus.
No Verão de 2002, após a minha conversão no ano anterior em Medjugorje, eu resolvi acabar com toda a medicação (já tinha tentado fazer, sem sucesso, desmames de medicamentos nos anos anteriores) pois, mesmo tomando-a, por mês em média eu dormia 2,5 horas por noite e tinha em média 8 a 10 dias por mês em que não dormia nem um minuto. Acontecia ainda que dormia muitas vezes 2-3 horas e quando acordava ficava com uma despertina tão grande que já não conseguia adormecer mais e passava a noite toda a mexer-me na cama num estado de angústia por vezes tão grande que incomodava, e muito, a minha mulher. O maior problema era quando deixava de dormir um dia porque depois era difícil retomar o ciclo do sono. Mas tinha chegado à conclusão que não era a medicação que me fazia dormir e como estava numa escalada galopante de ingestão de medicamentos anti-depressivos, ansiolíticos e hipnóticos (bem como de estimulantes para conseguir sobreviver de dia!) em que todos os anos ia aumentando as doses, resolvi cortar com tudo de vez.
Ao suspender radicalmente toda a medicação, como devem imaginar, passei cerca de uma semana sem dormir e 15-20 dias muitíssimo mal pois, em pleno Verão, eu tremia de frio e tinha que me vestir quase como que de Inverno com várias camisolas pois todo eu tremia e tinha muito frio. Não sabia as consequências deste meu acto mas a decisão estava tomada e eu não queria voltar atrás. Confiava também na Graça de Deus.
O meu organismo foi aos poucos reequilibrando-se e, progressivamente, além de 2-2,5 horas de sono diário por noite comecei a dormir com muita mais paz e deixei de andar às voltas na cama durante a noite. Também deixei, de início com dificuldade, de usar os tampões nos ouvidos. Aos poucos, as minhas noites de insónia praticamente foram desaparecendo e passei a adormecer sempre que ia para a cama independentemente da hora. Mas os meus períodos de sono continuavam curtos.
Até que nos dias 25-27 de Março de 2007 houve o retiro com o Padre James Manjackal na Escola Salesiana do Estoril. Durante a oração de cura com o Santíssimo Sacramento exposto o Senhor Padre James proclamou que estavam a ser curadas várias pessoas que sofriam de insónia. Eu clamei a minha cura, dei Graças a Deus e disse entre outras coisas: “Obrigado Senhor pela cura da minha insónia”. Nessa mesma noite eu dormi cerca de 5-6 horas seguidas e depois permaneci em grande sonolência dormindo um pouco mais e, pela primeira vez ao fim de muitos anos, senti prazer em estar na cama. Desde essa altura até hoje, continuo a ter um período de sono profundo de 4-5 horas por noite e depois de acordar não fico em vigília como no passado, mas sim num estado de sonolência dormindo normalmente um pouco mais até de manhã.
Além disso no passado qualquer alteração dos meus horários de deitar, mudança de cama ou almofada (andava sempre com a minha almofada atrás para onde quer que fosse), conduziam também a noite de insónia e tal deixou de suceder. Desde à cerca de três anos tenho pregado retiros de Norte a Sul do País e no estrangeiro. Por vezes os horários, as almofadas, os colchões e as condições não são as ideais mas mesmo assim eu tenho dormido, o que no passado era impossível.
Conhecem algum Médico melhor que Jesus? E quem faça maravilhas tão grandes como o Espírito Santo? Eu não! Bendito e Louvada seja a Santíssima Trindade. Toda a Honra e Glória para Ti Senhor. Aleluia!
3) A terceira cura que vou descrever foi uma cura física de uma bursite. Em fins de Abril de 2010 começou a aparecer no meu cotovelo do braço esquerdo uma bolsa de líquido do tamanho de um ovo de galinha, que não me doía mas que me incomodava quando eu estava ao computador e noutras actividades diárias. Depois de umas análises de rotina e como a situação não melhorava, mas pelo contrário agravava-se, eu esloquei-me às urgências do Hospital Santa de Maria. Aí foram-me feitas mais análises e como elas estavam (não havia ácido úrico nem infecção), enviaram-me para os serviços de reumatologia do referido Hospital. Foi-me então diagnosticado uma bursite (inflamação da bolsa sinovial) e marcada uma intervenção de aspiração da bolsa sinovial na semana seguinte. Uma semana depois fizeram-me a intervenção e foram aspirados 50 ml de líquido (que foram para análise) e foi-me aconselhado fazer muito gelo no cotovelo e andar com o braço ao peito. Foi o que fiz. A bolsa de líquido diminui mas ainda continuava grande. Os resultados das análises do líquido (exame directo, cultural, e TSA, entre outras) foram normais. Mas com o calor a bolsa parecia estar a aumentar e eu estava a equacionar voltar de novo ao Hospital de Santa Maria antes das férias, pois a situação era incómoda e caso se repetisse a aspiração, como já me tinha sido dito pelo médico, teria que ser acompanhada da administração de cortisona para lavar a bolsa sinovial. Pensei voltar ao Hospital de Santa Maria após o retiro de 11 a 13 de Junho de 2010 do Pe. James Manjackal, no auditório Paulo VI em Fátima, cuja data se aproximava.
Nesse retiro, após a Adoração do Santíssimo, como todos os que nele participaram sabem, o Pe. James disse para rezarmos a Deus pela pessoa que estava ao nosso lado e pedirmos-Lhe, se fosse o caso, por qualquer problema físico que tivésse colocando a mão sobre o local em causa e invocando a Deus a cura e a realização desse milagre. Eu estava no palco isolado e a pessoa mais perto de mim era a minha filha mais nova, a Joana. Eu julgava que iria ficar ali sozinho e por isso predispus-me a rezar intercedendo por todos os que ali estavam para que o Senhor atendesse as suas orações. Mas a Joana aproximou-se de mim e como sabia que eu tinha aquele problema da bursite, pois cada vez me queixava mais do seu incómodo, perguntou-me se podia rezar pela cura da minha bursite. Na altura eu nem me lembrava disso, mas vendo-a com tanto carinho e amor acedi ao seu pedido e rezei também por ela. Durante a oração dela por mim senti um calor no cotovelo e cheguei até a dizer-lhe que ela não precisava de rezar mais e que podia tirar a sua mão do meu cotovelo. Mas ela insistiu e continuou a rezar fervorosamente pela minha bursite. Depois terminou a Adoração, fui jantar, fiz as minhas orações da noite, dei Graças ao Senhor pelas maravilhas que Ele tinha feito naquele dia, deitei-me e nunca mais me lembrei da bursite.
Na manhã seguinte quando estava a fazer a barba para novo dia de retiro a minha mulher reparou e disse: “João, tu já não tens a bursite!”. Na verdade a bolsa de líquido do tamanho de um ovo tinha desaparecido completamente e agora sentia apenas uma ligeira impressão no cotovelo (que nunca tinha sentido antes), e que com o tempo foi desaparecendo. Já passaram mais de 3 anos e posso testemunhar que nunca mais tive líquido no cotovelo e que, portanto, Deus me curou completamente da bursite.
Como escrevi no testemunho anterior, havia três anos que Deus me tinha curado de insónia crónica de que eu padecia havia 30 anos. Foi uma grande cura de um problema muito grave. Não era o caso presente pois, como disse, a bursite não me doía mas incomodava-me. O meu Bom Jesus na verdade preocupa-se também com as doenças menores e, como há 2000 anos, passou e curou-me utilizando como instrumento as mãos e a oração amorosa da minha filha Joana.
Esta cura lembrou-me que devemos dar Graças a Deus por tudo, inclusive pelas coisas que consideramos mais pequenas. Aos olhos do mundo uma bursite é uma doença insignificante comparada com uma insónia crónica. Mas o meu Bom Jesus entendeu querer-me com o meu cotovelo bom para O servir melhor!
E assim como no cântico agradeço a Jesus mais esta Graça cantando: Obrigado sim, Obrigado sim! Obrigado sim, oh meu Jesuus. Obrigado sim, Obrigado sim! Obrigado sim, por Teu Amor. Glória Aleluia, Glória Aleluia; Glória Aleluia ao meu Senhor. Glória Aleluia, Glória Aleluia; Glória Aleluia ao meu Senhor. Jesus, Jesus, Jesus. Jesus, Jesus, Jesus. …
Bendita e Louvada seja a Santíssima Trindade. Toda a Honra e Glória para Ti Senhor. Aleluia!
4) O meu quarto testemunho refere-se ao Sacramento de Cura da Unção dos Enfermos. Em Julho de 2013 fomos pregar um retiro na Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição em Panjim, Goa, Índia. Na véspera do início do retiro, depois de um passeio pelas Igrejas da Velha Goa fomos almoçar a um restaurante chinês. Ninguém ficou mal disposto com a comida, apenas eu comecei com uma grande diarreia. A partir do fim da tarde até me deitar eu só ia à casa de banho. Fiquei bastante fragilizado, desidratado e nem forças tive para pedir que me viessem socorrer. Finalmente antes de nos deitarmos, como eu não dava sinal de vida e tínhamos combinado rezar em conjunto, apareceram-me no quarto a Clara e a Elisa da equipa. Eu pedi-lhes para chamarem o Senhor Padre Manuel Vieira para me dar o Sacramento da Unção dos Doentes porque eu sabia que ele tinha trazido os óleos benzidos porque era suposto nesta missão a Goa visitarmos também doentes. O Pe. Manuel Vieira ministrou-me o Sacramento e depois uniu-se à Clara e à Elisa e rezaram por mim. Na manhã seguinte ninguém se apercebeu do que se tinha passado porque eu não tive mais diarreia e cantei e preguei todo o dia como se nada tivesse acontecido.
Toda a Honra e Glória para Ti Jesus, que morreste por cada um de nós!