Libertação Maria Madalena

Maria Madalena

Sou uma jovem que fui batizada em bébé com apenas meio ano de idade. Fiz a primeira comunhão e o crisma em adolescente. Fui inclusivé catequista durante 1,2 anos quando tinha 15 anos. A nossa catequese era ensinar orações e
ocupar o tempo com as crianças até chegar a hora da Missa. A minha família era católica mas não praticante. Apenas iam à Missa, quando eram funerais de pessoas amigas, casamentos ou outros festas sociais importantes. Mas isso era muito raro. E quando iam não era própriamente para participar na Missa mas para falar. Apesar disso os meus pais sempre me tentaram dar a melhor educação, referindo sempre que me davam tudo, mas ai de mim que algum dia os envergonhasse!

Ainda quando andava na Igreja aos 14 anos conheci um rapaz da minha idade por quem comecei a sentir os “primeiros amores”. Lembro-me que nessa altura começei a ver as minhas colegas a irem “para a noite” com rapazes mais velhos e eu tinha de ir para casa porque a minha mãe queria-me cedo em casa. Elas falavam-me depois das suas aventuras. Começei então a fazer o meu jogo com a minha mãe, que era a quem o meu pai tinha dado “poder” e a responsabilidade de cuidar de mim. Chorava porque as outras colegas saiam à noite e eu tinha de vir para casa. Então a minha mãe disse-me: “podes sair, mas à meia noite quero-te em casa”. Reconheço que foi a minha perdição. Com 16 anos abandonei a Igreja e o rapaz que namoriscava. E com as novas companhias passei a frequentar bares e queria era curtir a vida e ter sexo com rapazes mais velhos. Quando queria ter sexo com um rapaz em 99% das vezes eu conseguia-o sem grande esforço. As minhas amigas diziam-me “Fogo, não sei o que fazes que só olham para ti!”. As razões eram certamente porque era atraente e porque me vestia duma maneira provocante.

Entretanto desenvolvo uma grande paixão por um rapaz, mas pela primeira vez não fui correspondida por ele. Nessa altura decorreu num shopping uma feira de ocultismo com cartomantes e foi uma tentação para mim e para as minhas colegas pois mandámos jogar as cartas e os búzios para tentar saber dos nossos namoros. E eu claro queria saber do futuro que iria ter com aquele rapaz que me tinha dado uma “tampa”. Nessa feira consultávamos várias cartomantes, pois quando não gostávamos das respostas íamos ter com outras, pois queríamos ouvir aquilo que nos interessava. Todos os dias quando saía da escola passava no shopping para consultar as cartomantes e isso durou até a feira terminar. Mas mesmo depois de terminar eu mantive os contactos com as cartomantes. Na escola também jogávamos o jogo do copo para saber o futuro dos nossos namoros, e não só… Este jogo é demoníaco, apesar de muitos julgarem que é apenas uma brincadeira.

Aos 18 anos entro na Universidade noutra cidade. Conheci logo que cheguei um rapaz com o qual me acabei por envolver e isso fez-me esquecer aquela paixão não correspondida que tinha. Mas as coisas duraram pouco tempo pois na Universidade e na cidade eu ia conhecendo outros rapazes e homens sexualmente mais interessantes. Todos os rapazes e homens que eu desejava ter na cama eu tinha. Eu não sentia amor, apenas desejo carnal que não consigo explicar! Eu parecia um íman. Nessa altura tive muitos homens na vida, mas hoje chego à conclusão que nunca amei nenhum deles pois apenas sentia desejo sexual e nada mais. Cheguei inclusivé a ter namorado assumido e que gostava muito de mim e a andar com um homem casado que tinha um bom carro, uma mulher modelo, e muito dinheiro. Para não engravidar tomava a pílula mas uma vez tive relações com um homem e como me tinha esquecido de tomar a pílula tive que tomar a pílula do dia seguinte pois pensei que poderia estar grávida. Esta minha preversão sexual só terminou quando conheci o meu marido pois cerca de seis meses depois de termos começado a namorar fomos viver juntos.

Quando andava na Universidade além daquela vida de fornicação e de adultério envolvi-me também no ocultismo. Eu tinha duas disciplinas que me estavam a custar fazer e nessa altura comentei com uma tia que me levou a uma benzedeira que em casa fazia orações com uma ervas queimadas dentro de um tacho a deitar fumo e que me passava por baixo das pernas e em cima dos dossiers das disciplinas. Esta minha tia também estava ligada ao oculto e fazia também rezas de quebranto com água e azeite e que dizia ela que eram para cortar o ódio e a inveja. Como a minha curiosidade sobre o oculto abundava nesta altura, tive conhecimento de um centro espírita. Diziam-me que poderia ter a sorte de me falar um antepassado e eu por curiosidade fui lá. Mais tarde, depois de ter terminado o curso além deste centro espírita fui a um outro noutra cidade. Em ambos os centros espíritas, além de assistir a sessões de espiritismo em que se evocavam os mortos através de médiuns em transe, em salas contíguas fizeram-me várias vezes o passe. O passe era feito por pessoas vestidas de branco que com as mãos percorriam o meu corpo, da cabeça aos pés, normalmente sem me tocar (mas às vezes tocavam) e que diziam que era para expulsar as energias negativas. Eram as chamadas limpezas espirituais. Davam-me a beber água “benzida” por eles. Nesses centros espíritas havia também garrafões de água para as pessoas levarem. Como é evidente não era água benta mas água consagrada ao demónio que só nos trazia mais problemas a nós e na nossa casa.

A partir desta minha ligação ao espiritismo e dos passes eu comecei a ter medos e pesadelos nocturnos (em que tinha muitas vezes aflições de morte), apertos no coração, cansaço físico, corpo dormente, dores no corpo, cabeça quase a explodir, dores e picadelas na cabeça, falta de ar, e fiz tentativas de suicídio. Estes sintomas foram aparecendo progressivamente e agravaram-se quando tive uma depressão por ter sido despedida do meu emprego. Foi uma fase complicada da minha vida em que fui ao médico e tomava anti-depressivos. No sentido de solucionar estes meus problemas de saúde procurei os locais errados pois continuei no oculto. Vou descrever de seguida alguns locais por onde andei à procura da minha cura.

Recomendado pela minha médica de família, fui a uma Clínica da Mente onde faziam hipnose e controlo mental. Entretanto tenho conhecimento pela minha esteticista que havia um senhor que fazia regressão. Lá fui eu também fazer, mas ele não me conseguiu pôr a dormir… Esta minha esteticista, tinha vários cursos entre os quais o de reiki e fez-me reiki e massagens energéticas com pedras vulcânicas muitas vezes.

Falaram-me que o reiki me poderia ajudar a mim mesma e a outros. Então eu própria tirei o primeiro nível de reiki e durante 21 dias fiz a iniciação aplicando o reiki. Neste primeiro nível de reiki são explicados todos os chakras, as suas funções e a importância de cada um deles. Depois nós formandos (todos com vestuário branco, bege, ou de cores claras), treinamos o reiki uns com os outros e vamos passando as mãos desde a ponta da cabeça até à ponta dos pés dos outros. Mas para fazer isso o mestre de reiki abre-nos primeiro os nossos chakras. Como o faz? O mestre em frente ao aluno faz uma “reza” em silêncio (no fundo invocar os demónios do reiki) e coloca as suas mãos nos nossos pés ou joelhos e na nossa cabeça. E depois desta iniciação recebemos a energia reiki, passamos a ser canais de energia e já podemos fazer reiki a quem queremos. Como sentimos que estamos aptos para fazer? As nossas mãos ficam quentes e segundo os reikianos esta é a energia que se vai dar a terceiros e os vai aliviar e curar.

Depois do reiki frequentei também aulas de ioga porque me disseram que podia ser a solução para os meus problemas de saúde porque me ensinaria a controlar a respiração. Nas aulas de ioga entoavam-se mantras e outros cânticos, que não são mais do que invocações dos demónios. Para entrar mais rapidamente nesta filosofia que é viciante li vários livros que o formador me deu e consultei a internet.

Continuando nesta linha oriental frequentei também um centro de meditação zen. Neste centro fazíamos meditação zen colocando-nos em círculo na sala e a guia (que dirigia a sessão) no meio. Mas além de ser um centro de meditação este centro acabava por ser também um centro de espiritismo porque a guia fazia por vezes também sessões de espiritismo, pois dirigia-se às pessoas dizendo que tinha ali familiares dos presentes que tinham falecido e que estavam ali ao seu lado e lhe diziam isto e aquilo. Além disso rezava pelas pessoas para que elas tivessem um espírito-guia (que não é mais que um demónio a quem podemos invocar). Todas as vezes que lá ía tinha que comprar velas e incensos “benzidos” e “rezados” por ela. Nas meditações todos fechávamos os olhos e com as velas e o incenso repetíamos o que a guia dizia chamando por Iemanjá, Chiva, o arcanjo Miguel e todos os anjos-guias e mais alguns, que não eram mais que demónios. Ela dizia-nos que iríamos entrar numa fase em que muitos não sentiriam o próprio corpo e se isso acontecesse para abrirmos de imediato os olhos porque podíamos entrar numa dimensão superior, em que saímos do nosso corpo físico, e que para ela depois seria complicado trazer a pessoa de volta. São as denominadas viagens astrais. Isso um dia aconteceu-me pois eu deixei de sentir o meu corpo e parecia que estava sobre nuvens, mas abri de imediato os olhos. Mas confesso que de alguma forma isso me assustou. Levávamos também as velas e incensos para casa para fazer “trabalhos em casa” juntamente com orações que ela nos dava. Estas orações como se pode imaginar não eram de Deus e por isso evocavam era o demónio. A guia dava-nos também colares feitos e rezados por ela para supostamente nos proteger mas que hoje sei que só têm o efeito de nos manter ligados e escravos do demónio.

Fiz também acupunctura numa clínica do Dr. Pedro Choy para me libertar da ansiedade e restaurar o fluxo de energia vital onde esta tivesse sofrido bloqueios. Colocavam-me agulhas nos pontos energéticos de referência (os pontos dos meridianos) na orelha, pois segundo os terapeutas baixavam os meus níveis de ansiedade. Quando ia à sessão trazia cravado na orelha uma agulha miniatura que pressionava quando me sentia mais ansiosa porque era suposto assim restabelecerem-se os equilíbrios energéticos que estavam alterados. Fazendo isso às vezes parecia que a minha ansiedade diminuía mas hoje tenho a certeza que todas essas melhoras eram psicológicas pois esta é mais uma terapia que recorre a pontos de energia oculta.

Fui também a uma senhora osteopata e que fazia reiki e reiki à distância. O pai dela era “endireita” e ela dizia que quando o pai faleceu tinha sentido que o “poder” do pai tinha passado para ela. Aquele “poder” era do oculto. Ela torcia-me o pescoço de tal forma e colocava os dedos na minha coluna que todos os meus ossos faziam barulho. Mas no fim ela dizia que eu tinha ficado direitinha. Ela fazia também reiki e reiki à distância porque tinha mais níveis de reiki do que eu. No reiki à distância ela canalizava a energia universal reiki à distância. Quando nos sentíamos pior em casa ele pedia-nos para lhe ligarmos, pois segundo os reikianos não há barreiras físicas para a energia universal reiki que pode ser enviada. Estas acções à distância compreendem-se porque na realidade não era ela que a fazia mas sim os demónios.

Fui também a um vidente africano, a bruxas, a benzedeiras e a mais cartomantes quando andava mal, quer de saúde, quer de amores, quer no trabalho. Muitos deles pediram-me fotos minhas ou de outras pessoas para fazerem os seus “trabalhos” e mandavam-me beber caldos feitos por eles que no fundo estavam consagrados ao demónio. Fui a uma bruxa que me disse para lhe levar roupa suja e muito transpirada e que quanto mais suja e suada melhor. Fui a outra que me impressionou bastante porque quando ela começava a sessão colocava no seu colo um prato com água e azeite e começava a arrotar muito, tão forte que chegava a deitar sangue da garganta. Um casal de cartomantes brasileiros eram também palmistas, lançavam búzios, etc. Eu nunca fiz a leitura da palma da mão. Mas um dia pedi para me deitarem as cartas e eles convidaram-me depois para assistir à consulta de várias pessoas. E eu por curiosidade assisti. Fui também à Igreja Universal do Reino de Deus que é uma seita.

A nossa superstição também é grande quando andamos no oculto e por todos estes locais são-nos dados objectos e sugeridas certas práticas demoníacas. Eu não fugi à regra pois andava sempre com um olho de boi e pedras “benzidas” na carteira e tinha outros amuletos de protecção para afastarem de mim as invejas e outros males. Entre outras práticas queimava velas de cera em água e sal pois era suposto afastarem de mim todo o mal. Fazia orações com velas que me tinham sido dadas nestes locais, e as orações e dizeres também eram do oculto, para fazer mal a terceiros.

Todos aqueles sintomas que eu descrevi atrás com todas estas minhas actividades no ocultismo se foram agravando e comecei a ter além daqueles sintomas grandes ataques de pânico. Como não via solução para os meus problemas de saúde e espirituais na medicina e no ocultismo, virei-me então para a Igreja Católica. Fui primeiro a um sacerdote em Fátima que me tinham dito que fazia orações de cura e libertação sobre as pessoas. Eu fui lá mas como ele me disse coisas que eu não queria ouvir, como que andava numa vida de pecados graves e que tinha que me converter e ter uma vida de sacramentos e de oração, eu não gostei e não voltei mais lá. Deu-me uma oração para fazer diariamente todos os dias demanhã, óleo para me benzer todos os dias e uma medalha para colocar ao peito. Entretanto soube através de uma senhora de um sacerdote que fazia orações de cura e libertação todas as semanas na sua Igreja. Comecei a frequentar assiduamente essas orações. Inclusive este sacerdote também me atendeu particularmente e fez-me um exorcismo maior pelo livro vermelho dos exorcismos mas eu nunca me manifestei.

Entretanto uma outra senhora que colaborava com esse sacerdote falou-me de um retiro que o Sr. João iria pregar perto. Eu fui a esse retiro. Nunca na minha vida me poderei esquecer desse retiro. Logo que cheguei de manhã quando o João e a Elisa começaram a rezar em línguas eu manifestei-me logo violentamente atirando as cadeiras pelos ares. O João teve que rezar por mim e libertar-me. No sábado à tarde após o ensinamento e a oração de renúncia eu voltei a manifestar-me violentamente depois de ele me impor as mãos. Entretanto rezou por mim e libertou-me. Nessa libertação lembro-me do João com a mão no meu estômago, do meu choro compulsivo com gritos, e de uma sensação como que uma serpente que começasse na boca do estômago, que me apertava o coração e me afogava o pescoço quase sufocando-me. Entretanto no final da libertação ouvi o João dizer para a sua mulher a Teresa: “meninas de Angola”. O João estava a referir-se a situações de raparigas em Angola que estavam possuídas pelo demónio e que se contorciam como eu por terem vários parceiros sexuais e andarem numa vida de luxúria. Eu se tivesse um buraco eu escondia-me de vergonha nesse momento. Senti tanta, tanta vergonha porque jamais pensei que alguém um dia conseguisse revelar-me a minha vida de fornicação, adultério e outros pecados de luxúria que tinha cometido no passado. Eu envergonhei-me pela primeira vez do meu passado, que ninguém naquela sala conhecia. E com o decorrer do retiro e a pregação do João eu tomei consciência que tinha que me confessar. Nunca ninguém, inclusive os sacerdotes a quem já tinha ido, me tinha alertado para essa necessidade da confissão e que só com ela nos poderemos libertar dos nossos problemas espirituais. Os ensinamentos do João com várias histórias, e a conversa com as pessoas da sua equipa ajudaram-me pela primeira vez na minha vida a ter consciência do mal que tinha feito e dos sítios por onde andei, ou seja dos pecados que tinha cometido no meu passado. Tudo isso foi crucial para eu fazer uma boa confissão. Posteriormente fui a outros retiros do João e o Espírito Santo deu-me consciência de mais pecados graves que fui confessar logo.

Mais uma vez João o meu muito Obrigado pela sua persistência na minha libertação. Agradeço a Deus por se ter servido do João e da sua equipa para me “resgatar” do inferno. Antes de começar a frequentar os retiros do João eu era uma pessoa completamente afastada da Igreja. Não rezava, não ia à Missa, quando na televisão estava a dar algum programa de religião eu mudava imediatamente de canal, etc. etc. Eu tinha-me desligado completamente da Igreja. Hoje gosto muito de ir e estar na Missa, percebi a importância de ir à Missa, tomo muita atenção na Missa ao que o sacerdote diz, etc.. Depois de começar a frequentar os retiros do João e pelo que “sofri na pele” nas minhas libertações apercebi-me de imediato da importância do sacramento da Confissão e procuro por isso confessar-me com assiduidade. Comecei a rezar o terço todos os dias e quando não rezo sinto que me falta algo. Sempre que tenho oportunidade vou para a Igreja fazer Adoração ou falar com Jesus e abdico muitas vezes de ir para o café ou de falar com as colegas de trabalho.

Sinto que a construção da casa da salvação que comecei ainda está muito nos alicerces. Mas agradeço a DEUS o facto de me ter puxado para o Caminho certo e só peço que Ele nunca me deixe sair deste Caminho. Quem passa por um processo de libertação como eu toma consciência que o demónio é uma realidade mas também que o Amor e a Misericórdia de Deus superam todo o nosso pecado. Mais uma vez o meu muito Obrigado ao João e à sua equipa. Que Deus vos ilumine sempre para continuarem a ajudar outros que estão no caminho da perdição.