Libertação João

João

Fui baptizado em criança. Na adolescência afastei-me da Igreja porque os meus pais não eram praticantes. Tinha-me convertido havia 3 meses numa peregrinação Mariana (após um afastamento da Igreja de quase 30 anos) quando uma amiga de infância me convidou a frequentar umas aulas de iogaterapia. Segundo ela essas aulas seriam muito boas para a minha saúde pois iriam relaxar-me e permitiriam que eu dormisse muito melhor (eu andava com problemas de ansiedade e de insónias e já tinha ido a várias consultas da especialidade). E eu acreditei porque não sabia que era mau e contra a Lei de Deus.

Na primeira sessão de iogaterapia (linha “Shiva Ganga”) fui muito bem recebido pela terapeuta e pelo grupo. Fizémos uns exercícios de ioga (“hatha ioga”), cantámos uns mantras e depois evocámos a energia universal sobre cada um de nós e sobre os outros colegas pois, segundo eles, a energia universal captada através dos chakras pode ser transmitida mediante a imposição das mãos para o próprio indivíduo ou para outra pessoa a fim de compensar uma carência energética do organismo, possível causa de doenças. Para mim foi uma experiência nova e positiva porque na sessão a terapeuta até tinha falado de S. Francisco de Assis e da Madre Teresa de Calcutá, e por isso tudo parecia indicar que eu estava no local ideal para tratar dos meus problemas de saúde. Senti-me muito bem após essa sessão e dormi melhor do que andava a dormir até aí e isso deu-me logo muita vontade em continuar.

Eu prossegui e achava-me bem porque me sentia mais leve e respirava melhor, embora não tivesse melhorado em relação à minha insónia. A terapeuta entretanto tinha-me dito que eu era muito bom a cantar mantras e que queria que andasse no carro a ouvi-los e a repeti-los porque isso me iria fazer muito bem. Felizmente para mim poucas vezes os ouvi a não ser nas aulas. Depois foi-me proposto também fazer meditação. A meditação era uma vez por semana e era rotativa em casa da terapeuta ou em casa de outros colegas. Eu ainda fui a duas sessões de meditação mas como era de noite e terminava tarde, não fui mais porque queria deitar-me cedo e porque a minha mulher não gostou dessas saídas nocturnas. Isso não agradou nada à terapeuta que me dizia que assim eu não iria resolver os meus problemas de saúde.

Um dia a terapeuta convidou-me a ir a sua casa para uma consulta. Como ela tinha o curso de psicologia quis saber os meus dados pessoais e história clínica. Falámos um pouco da minha saúde, ela pediu-me para eu escrever umas frases para ver a minha caligrafia e assim ver a minha personalidade (através de um curso que ela tinha feito). Após mais alguma conversa ela mandou-me deitar no sofá com a barriga para baixo para impôr as suas mãos sobre a minha coluna (eu já a tinha visto fazer a imposição das mãos nas aulas sobre diferentes partes do corpo em outros colegas e por isso aceitei bem tudo isso). Mas depois sem eu me aperceber ela apareceu com um pêndulo e disse-me que eu tinha os chakras todos abertos menos um. Como eu não estava habituado nem nunca me tinha sido explicado nada sobre o pêndulo e os chakras fiquei um pouco confuso. Quando cheguei a casa contei a experiência à minha mulher, que era praticante católica, e ela disse-me que aquilo do pêndulo e dos chakras não era nada de bom. Mas como ela também já me tinha dito que a iogaterapia também não era boa, eu não lhe dei muito crédito e prossegui com as aulas e com as consultas em que a terapeuta via como estavam os meus chakras, evocava a energia universal e impunha as suas mãos sobre mim para a abertura de todos os chakras e assim eu melhorar dos meus problemas de saúde. Acresce que numa das aulas a terapeuta disse que todos os anos ia mais outros colegas de aula para um mosteiro de freiras na Galiza onde faziam um retiro com muitos exercícios e meditação; e que nessa estadia também via a abertura dos chakras das irmãs religiosas e evocava aenergia universal sobre elas, canalizava essa energia e algumas delas eram curadas dos seus problemas.

Entretanto a minha mulher rezava por mim e pôs muita gente a fazer o mesmo, para que eu visse a Verdade. Um dia ela mostrou-me um livro da Irmã Emmanuele “O Triunfo doCoração” em que se falava que os peregrinos deitavam os seus pêndulos fora junto da imagem de Nossa Senhora na Colina das Aparições em Medjugorje, e como eu me tinha convertido recentemente e tentava ir à Missa todos os dias, também fui consultar o sacerdote com que fiz a peregrinação Mariana e questionei-o sobre o pêndulo. Ele respondeu-me que não tinha nenhum mal e que tinha um amigo já falecido que também usava o pêndulo e que lhe enviava cartas “magnetizadas”. E que havia os vedores da água (para ver onde furar para os poços) e que por isso tudo isso era uma coisa normal e que havia pessoas como esse seu amigo e os vedores sensíveis a essas energias.

Eu fui tomando aos poucos consciência de que a iogaterapia não era boa por certos acontecimentos e conversas que se iam passando nas sessões. Entretanto fiz um retiro com um leigo carismático que me abriu definitivamente os olhos para todas estas práticas da Nova Era com que o demónio tenta levar-nos a alma. Deixei a iogaterapia e todos aqueles “amigos”. Tive o auxílio de três sacerdotes que Deus colocou no meu caminho, bem como de outros irmãos (que nem os conhecia dantes) que rezaram pela minha libertação. Passei a confessar- me periodicamente, Missa diária, oração e rosário diário, e Adoração sempre que possível. De referir também que após a minha libertação eu não conseguia entrar em casas que tinham budas e era bastante sensível a essas imagens. Por isso recomendo que não as tenham em casa. Quanto às sessões de iogaterapia queria referir que nas aulas se usava também muito a expressão “Eu sou” em que estávamos a cometer um pecado grave ao querer substituir-nos a Deus. Quanto aos mantras, o Senhor deu-me consciência de que todos são muito perigosos porque evocam os demónios e nalguns compara-se Jesus a outros profetas, a Buda, a Shiva, a Krisna e a outras divindades hindus e portanto ao entoá-los ou repeti-los estamos a cometer um pecado muito grave. Louvado seja o Deus de Amor e Misericórdia que nos quer integralmente sãos (corpo, espírito e alma) e que teve compaixão de mim!