Libertação Eduardo

Eduardo

Sou um jovem baptizado e que fiz a primeira comunhão. Frequentei uma escola católica mas nunca ninguém na Igreja me falou sobre o demónio. E como todos os jovens gostamos de experiências novas e quando ficamos doentes e nos falam de medicinas alternativas que não usam remédios químicos e que tudo podem resolver de uma forma natural pela simples imposição das mãos, nós ficamos bastante receptivos. Foi assim que entrei no Reiki. Fui à procura de uma medicina alternativa que me foi apresentada como uma terapia que podia curar todo o tipo de doenças físicas e psíquicas. E a primeira vez que eu fui a uma sessão de reiki eu senti na verdade uma sensação de bem estar e um alívio dos meus sintomas de doença.

Explicaram-me que eu tinha chakras, que eram pontos energéticos no corpo e que tinha uma aura de uma cor pálida e que isso era sinal de doença, mas para não me preocupar porque pela imposição das mãos sobre determinados pontos energéticos do meu corpo eu iria melhorar. E como disse, logo após a primeira sessão, na verdade, eu senti-me melhor.

Mas além do tratamento com o terapeuta eu fiquei também curioso e quis saber como é que ele, que era bastante jovem, tinha chegado até ali, que formação tinha. Ele informou-me que não tinha feito nenhum curso superior mas simplesmente uma formação com vários níveis e que o que o motivou foi o poder curar outras pessoas através de uma energia curativa que, segundo ele, todos tínhamos. E então eu fui fazer o primeiro nível de reiki, onde comecei logo a ser canal de energia. Como no curso estavam pessoas de todas as idades e classes sociais (mas principalmente jovens como eu) que falavam de paz, amor, bem estar, meditação, cura, etc., a partir daí o meu interesse aumentou e inscrevi-me no nível seguinte, e assim sucessivamente para outros cursos e formações. Comecei também a interessar-me pelo assunto, e como todos os que entram nesta área, comprei vários livros sobre este tema que para nós parece um maravilhoso mundo novo de uma energia positiva para a nossa vida e que nos dá a capacidade de auto-cura e de curar outros.

Logo no segundo nível de reiki fiz um ritual e uma viagem astral em que chamamos as ditas energias curativas. E a partir daí começamos a sentir essa espécie de energia eléctrica nas mãos e dizem-nos que a podemos utilizar. E é isso que nós praticamos logo no curso. O grau de mestre de reiki é alcançado quando nos submetemos a 4 rituais e aí as pessoas são capazes de fazer experiências sobrenaturais tais como adivinhar coisas, saber ou intuir as doenças das pessoas, ouvir os espíritos guias, ver espíritos vagueando ou passando pela casa, etc. Os mestres de reiki obedecem às ordens de espíritos guias espirituais que, segundo eles, são “anjos luz” e que são os encarregados de os guiar no seu caminho espiritual e terapeuta.

Só que eu não cheguei a mestre de reiki porque comecei a ficar doente. Com o ritual algo entrou dentro de mim. Eu não conseguia dormir à noite. Eu sentia uma presença ao meu lado que me fazia medo. Comecei com problemas de sono, alterações do ritmo cardíaco, mal estar e depressão, entre outras. A minha vida económica e laboral ficou progressivamente arruinada e acabei por aprender na minha própria pele que aquilo que o reiki nos oferece não é o que parece. Na verdade as supostas energias positivas que vendem não são energias e muito menos são de Deus. No reiki fazemos meditação com mantras e invocamos demónios, os ditos espíritos guias. Aquilo que começou por ser uma energia curativa impessoal e canalizável para nós e para os outros não é mais, em níveis de reiki superiores, do que uma relação com espíritos invisíveis, os demónios, que nos dão conhecimentos e poderes ocultos. No fundo construímos uma relação com demónios e não com Deus.

Para me libertar (pois violei gravemente os mandamentos de Deus), tive que fazer uma boa e completa confissão da minha vida, renunciar a esta vida e converter-me totalmente abandonando estas práticas, e viver uma via cristã autêntica de sacramentos (nomeadamente Santa Missa e Confissão regular) e de oração diária.