
“Digo-vos a verdade: é melhor para vós que Eu vá, pois, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, Eu vo-lo enviarei” (Jo 16:7)
Anabela
Há mais de 20 anos que eu sofria de problemas espirituais graves, apesar de nos últimos anos ter sido seguida por vários sacerdotes. Bastou a minha participação num retiro do Sr. João e duas idas ao seu grupo de oração em Carcavelos para ficar completamente liberta da minha possessão, graças ao Amor e à Misericórdia de Deus.
De seguida conto resumidamente a minha história para que outros não caiam como eu nas garras do demónio.
Fui baptizada em bébé como a maioria dos portugueses. Fiz a catequese. Até à adolescência frequentei a Missa dominical na minha terra. As Missas para mim eram um ritual e não tinham qualquer significado. Não entendia a Crucifixão e o Amor de Jesus e por isso a Missa para mim era uma seca. Os meus pais, católicos não praticantes, discutiam diariamente chamando nomes um ao outro e a minha casa era sempre uma grande confusão. Por tudo isso afastei-me muito cedo de Deus e da Igreja Católica pois o que queria era gozar a vida.
Logo muito nova comecei a namorar e a ter relações sexuais com jovens mais velhos e não conseguia passar sem isso. Só queria ter sexo e ter homens para me satisfazerem o meu desejo sexual. E mesmo tendo sexo frequente com homens, mesmo assim ainda me masturbei muitas vezes na minha juventude. Tomei várias vezes a pílula do dia seguinte sem saber se estava ou não grávida.
Talvez devido à “colecção” de jovens e homens que fizeram sexo comigo cheguei aos 28 anos e não conseguia arranjar noivo. Aí pedi a uma tia para me ajudar a encontrar um homem para me casar. Ela levou-me a um bruxo. Ele pediu-me para que eu lhe entregasse umas cuecas com o meu muco vaginal branco para o seu “trabalho” de bruxaria. Simultaneamente comecei a enterrar-me no ocultismo com cartomantes e benzedeiras que faziam rezas de azeite (quebranto), tudo no sentido de arranjar o dito noivo.
E o que é certo é que passado menos de um ano eu tinha encontrado um homem bem na vida, e que gostava de mim. Mas o problema é que ele era casado e tinha mais vinte anos do que eu. Poucos meses após o início da nossa relação de adultério a mulher dele descobriu-nos e fez uma grande “peixeirada” e eu tive que o deixar. O problema é que entretanto eu tinha ficado grávida e tive que fazer um aborto do feto.
Mas passados poucos meses de me ter separado deste homem eu já estava casada com outro pois tinha tido relações sexuais com ele, tinha engravidado e ele assumiu a paternidade do filho casando comigo. Eu tinha então 30 anos. Pouco tempo após o casamento nasceu o meu filho pois eu já casei com a gravidez avançada. Quando casei todas as pessoas me disseram que o meu marido era um excelente homem e inclusive chegaram a dizer que “não havia melhor pessoa no mundo e que eu tinha sido uma sortuda”. Mas os meus sogros e a família do meu marido nunca aceitaram bem o nosso casamento.
Mas as coisas com o meu marido começaram logo após o casamento a ficar mal, pois ele entrava em casa quase sempre com uma grande gritaria, havia grandes discussões entre nós e todos os fins de semana ele saía de casa e ia visitar os pais ou a família dele. Eu ficava em casa sozinha com o meu filho e como tinha ido morar para um novo local eu não conhecia ninguém, e por isso ficava fechada em casa. Era um casamento quase fictício. Por outro lado ele acusava-me de que eu não prestava na cama, e estava sempre a criticar-me e a magoar-me o pouco tempo que estávamos juntos.
O meu filho nasceu mas as coisas continuaram mal e eu procurei novamente o ocultismo, nomeadamente bruxas, benzedeiras e cartomantes. Fiz várias defumações na minha casa e acendi velas do oculto para ver se afastava os supostos mal-olhados que as pessoas do ocultismo diziam existir e que seriam a causa do meu mau relacionamento com o meu marido. Para não perder o meu marido, e na esperança de salvar o meu casamento, engravidei novamente. Mas o meu marido acabou por me deixar após o nascimento do meu segundo filho. Foi uma separação desastrosa e muito penosa para mim. No divórcio fiquei sem nada após um divórcio litigioso que demorou 10 anos, pois teve vários processos. Durante esse período amaldiçoei o dia do meu nascimento e o nascimento dos meus filhos e pensei várias vezes no suicídio. E para que o meu marido voltasse eu procurei tudo, mas no sítio errado! A partir dessa altura a minha vida passou a ser um inferno e eu “afundei-me” completamente no ocultismo e nas seitas. Vou enumerar apenas algumas coisas que frequentei.
Frequentei vários terreiros de umbanda onde médiuns em transe me fizeram com as mãos “limpezas espirituais” e passes. Durante vários anos fui também a uma instituição espírita onde me faziam o passe na cabeça e no corpo. Nessa instituição espírita usava um capacete de gesso na cabeça e eram feitas rezas de passe sobre mim. Antes das rezas tomava água de passe com sal. As pessoas que rezavam por mim o passe entravam em transe e as suas mãos tremiam muito e passavam todo o meu corpo sem me tocar.
Logo depois de ter andado no umbanda e no espiritismo, e de me terem feito as ditas “limpezas espirituais” e os passes comecei a ter insónias, medos e pesadelos nocturnos, ataques de pânico, cansaço físico, falta de paz, ansiedade e fiz várias tentativas de suicídio. Culpava muitas vezes a Deus por não me ajudar e a minha vida estar cada dia que passava a piorar. Sentia-me culpada por tudo o que acontecia aos meus filhos e por não ter apoio e estar sozinha neste Mundo. Mas pensava que era nas trevas que encontraria a solução do meu problema, porque o demónio veste-se de anjo de luz, e por isso frequentei além do espiritismo mais coisas demoníacas.
Nessa altura fui também a uma vidente com umas fotografias minhas e do meu marido. Na esperança de solucionar o meu problema e também da minha saúde fui a uma senhora no Alentejo que usava o pêndulo para adivinhar e também para alinhar os meus chackras. Fez-me também massagens energéticas. Durante dois anos fui a um senhor em Viseu que também usava o pêndulo e me fazia o passe de mãos. Durante outros dois anos tive ainda uma consulta diária com um vidente e massagista energético que “rezava” por mim de manhã e à noite. Com este último acabei por me envolver também numa relação de “amizade” sexual. Fui ainda várias vezes à Alexandra Solnado, terapeuta do oculto bem conhecida nos nossos meios sociais e até internacionalmente, que utiliza técnicas de canalização de energias, entre outras, para “limpezas espirituais”.
Frequentei também durante dois meses logo após a separação com o meu marido, uma igreja fundada por um ex-sacerdote católico, que foi suspenso ou excomungado, onde
eram feitas rezas sobre as pessoas e os objectos, e que eu hoje considero que não eram de Deus pois eram muito esquisitas e usavam o oculto. Frequentei várias Igrejas ditas evangélicas e pentecostais durante dois a três anos, mas que não passavam de seitas. E ainda uma outra igreja dita também evangélica durante dez anos, onde se rezava, mas que não passava de um centro espírita porque se invocavam os mortos e se consultavam os espíritos.
Na esperança de resolver os meus problemas espirituais frequentei também a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) onde ia às sessões ditas de “descarrego”, onde faziam rezas por mim e me davam a tomar água com sal e me mandavam fazer banhos de sal em casa para me libertar dos meus problemas. Com a esperança de me libertar de tudo o que me oprimia comprometi-me com o pastor da IURD a dar todo o dinheiro que tinha e a pagar o dízimo. Além da IURD frequentei também, durante vários anos, outra seita conhecida a Igreja Maná em que procurei também a resolução dos meus problemas espirituais.
Como não encontrava solução no ocultismo e nas seitas, comecei a procurar a Igreja. Como disse nos últimos anos fui seguida por vários sacerdotes que me fizeram orações de libertação e me iniciaram na oração e nos Sacramentos mas as minhas melhoras com eles não foram muitas porque apenas se limitavam a rezar por mim.
E um dia fui com um desses sacerdotes e um meu namorado a um retiro de fim de semana do Sr. João. No sábado à tarde cheguei na altura em que o Sr. João estava a rezar pelas pessoas após a oração de renúncia e o ensinamento sobre o nosso inimigo e os seus embustes e ciladas. Encostei-me a um canto da sala a tentar não olhar para todas aquelas pessoas possessas no chão que tal como eu tinham andado nos caminhos do demónio. Mas entretanto o Sr. João apareceu à minha frente e impôs-me a mão e eu caí possuída pelo demónio. Segundo os presentes foi uma possessão forte em que eu tinha uma força sobrenatural, falava línguas que pareciam de países do leste, os meus dedos torciam-se duma maneira fora do normal, a minha barriga inchava, fazia caretas e arreganhava os dentes e a cara, entre outras manifestações. Ele rezou por mim, libertou-me e depois de ter acudido a outros casos veio falar comigo. Depois da libertação eu também estava muito cansada , bastante debilitada e com o corpo muito dolorido e por isso também não seria uma boa oportunidade para falarmos. O Sr. João disse-me que a minha libertação de nada servia se eu não me confessasse bem dos locais do oculto onde tinha andado. Como eu não tinha ouvido o ensinamento ele contou-me algumas histórias de pessoas vítimas do demónio, e com problemas espirituais, para me ajudar a fazer uma boa confissão. Ele e a mulher, que entretanto apareceu, ensinaram-me a confessar-me. Na verdade até aí nunca ninguém, incluindo todos aqueles sacerdotes que rezaram por mim, me tinha ensinado a confessar bem e me tinham dito que para me libertar eu necessitava de ter um arrependimento profundo e de confessar todas as minhas idas ao oculto. Consciente pela primeira vez da minha miséria diante Deus, e depois de ler uma pagela da confissão do Pe. Duarte Lara que eles me deram, fui-me confessar logo nesse dia e deitei muita coisa fora.
Nos retiros do Sr. João e da sua equipa o Espírito Santo está muito presente e vai-nos dando consciência dos nossos pecados e foi também isso que aconteceu comigo nesse retiro. É normal nestes retiros as pessoas sentirem necessidade de se confessarem várias vezes. Eu revi a minha vida e fui-me confessar mais vezes pois com os ensinamentos do Sr. João e a acção do Espírito Santo tomei consciência de mais pecados graves que cometi.
Mas quando rezavam em línguas eu ficava logo mal. E no Domingo na oração de Efusão eu voltei a ficar possuída pelo demónio. O Sr. João voltou a rezar por mim e a libertar-me e no fim veio de novo falar comigo. Relembrou-me os pecados sexuais, que já tinha falado no seu ensinamento, e disse-me “queres ficar mais 20 anos como estás? Tens que deixar de partilhar a cama com o homem com quem estás porque não estás casada com ele”. Fui-me confessar novamente. Saí do retiro disposta a mudar de vida e a ir à Missa todos os dias, a ter uma vida de oração e a confessar-me com assiduidade.
Depois do retiro fui duas vezes ao grupo de oração do Sr. João em Carcavelos. Em ambas as vezes me manifestei, fiquei possuída e o Sr. João rezou por mim para me libertar. Mas nestas duas vezes o Sr. João também falou comigo no fim da oração à parte. Contou-me mais umas histórias de vítimas do demónio que ele tinha ajudado e descobrimos mais pecados que eu fui confessar. Como o Sr. João diz a Confissão é o maior Exorcismo. É o Sacramento da conversão e da cura do corpo e da alma. Tomei consciência de que de nada vale um sacerdote ou leigo rezarem e libertarem uma pessoa se ela a seguir não se for confessar dos pecados dos maus locais por onde andou, ter um arrependimento do que fez e converter se. No fundo foi isso que se passou comigo. Enquanto eu não confessei tudo e mudei de vida eu não me libertei. Eu tive que ir à raíz da minha ligação com o oculto e confessar tudo como deve ser. Para essas confissões foi preciosa a ajuda do Sr. João e da sua mulher a Teresa.
Obrigado Sr. João pela sua paciência. Deus o abençoe a si e à sua equipa de evangelização que tem ajudado muitos irmãos a libertarem-se depois de terem andado pelos caminhos tenebrosos do demónio.
Louvado e Glorificado seja Nosso Senhor Jesus Cristo